Música

A entrevistada: Margarida Rebelo, 18 anos

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1. Quando começaste a praticar?
Começei a tocar flauta transversal aos 10 anos.


1.1. Porquê?

Tenho a música no coração. Sempre adorei música, aliás... desde pequena que adoro arte. Tinha 10 anos quando fui ver um Encontro de Bandas...fiquei fascinada com todo aquele ambiente e, por incentivo do meu tio, eu e a minha irmã decidimos entrar para uma Banda Filarmónica.


2. Quais foram as sensações?

As sensações? São únicas. Indescritíveis. Cada concerto que faço é um desafio. Quando tenho que fazer algum solo num concerto, fico super nervosa. Contudo, é uma sensação única quando ouvimos os aplausos e assobios do público, após a actuação.


3. Ainda praticas?

Pratico, sim. Embora não tão assiduamente como gostaria, devido aos estudos. È complicado conciliar ambos, visto estar numa área que exige tempo, empenho, esforço e dedicação da minha parte. E por isto mesmo, tenho que abdicar de algumas horas de música para me poder dedicar por completo aos estudos.


3.2 Gostarias de voltar/continuar a praticar?

Vou continuar a praticar e não pretendo desistir. Não imagino a minha vida sem música, até porque foi através dela que conheci pessoas únicas e visitei inúmeros lugares de Norte a Sul do país, e fora dele também.


4. Na tua opinião, porque achas qe as pessoas desistem deste tipo de carreira?
De uma maneira geral, em Portugal quer a nível governamental quer a nível social, as artes nunca foram bem vistas, continuando a não o ser actualmente, embora o panorama tenha mudado bastante nos últimos anos.
Basta olharmos para os imensos artistas das diferentes artes que emigram para o estrangeiro, por o seu talento não ser devidamente reconhecido. Há imensos "crâneos" portugueses a leccionar e fazer investigação em diversas áreas em Universidades americanas. Estou a recordar-me do médico António Damásio (USA) e do compositor musical Emanuel Nunes (a viver actualmente na Alemanha). Ambos, a par de muitos outros, são reconhecidos internacionalmente, não o sendo na sua pátria.


5. Sentes-te realizada como música?

Sinto, porque é algo que me dá prazer fazer.


6. Qual o acontecimento que mais te marcou enquanto música?

A primeira actuação em público é sempre aquela que fica na memória. E eu não fui excepção. Tinha um solo de uma Suite para fazer e recordo-me que tremia por todos os lados. Todavia...foi uma experiência única, que relembro com saudade.


7. O que é a arte para ti?

Tal como na lingua portuguesa, existem vários significados para uma só palavra. Assim o é também quando se fala em Arte. Penso que cada um tem a sua opinião acerca da pergunta "o que é a arte". Para mim, a arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em libertá-los deles mesmos. E podemos fazê-lo de diversas maneiras: cantando, dançando, beijando, falando, escrevendo, pintando (...) A arte é uma manifestação de sentimentos, emoções, desejos, vontades. Tal como afirmou George Bernard Shaw: «Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte para ver a alma.»